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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ariano Suassuna morre aos 87 anos

Como se já não bastasse a dupla fatalidade da semana passada, com os falecimentos dos escritores João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves, mais uma trágica ocorrência assola o país neste dia 23. Após estar internado no Real Hospital Português desde segunda, dia 21, Ariano Suassuna sofreu um AVC.

Escritor e dramaturgo, Ariano nasceu em João Pessoa no dia 16 de Junho de 1927 e era considerado um dos maiores defensores e propagadores da cultura nordestina. Apesar de ter sofrido a perda de seu pai quando tinha somente 3 anos de idade e ter passado por uma infância difícil e apertada somente com sua mãe e seus 8 irmãos, Ariano nunca desistiu de dar orgulho aos pais e de ter uma carreira bem sucedida, sendo recompensado, após muito estudo, com a aprovação na faculdade de direito e com as posteriores nomeações para Secretário da Cultura de Pernambuco (1994 a 1998) e Secretário da Assessoria de Eduardo Campos.
O escritor foi o disseminador da cultura popular nordestina e foi bastante reconhecido, principalmente, após escrever e lançar sua obra mais famosa: Auto da Compadecida (1955).
Com obras traduzidas para mais de 6 idiomas, ele se tornou rapidamente um ícone da literatura e da arte brasileira e, principalmente nordestina, utilizando das mais diversas formas de expressões artísticas para poder mostrar exatamente como a cultura do Nordeste é bela, alegre e diversa.
Ariano Suassuna era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1989.
Só nos resta agradecer pelos divertimentos e por tudo que ele foi capaz de mostrar ao Brasil e ao mundo, ainda mais quem é nordestino, como eu. Apesar de tanto preconceito que sofremos e de tanta exclusão social, temos nomes para nos orgulhar e para nos representar mundo afora, como tivemos Ariano.
Podemos dizer que sua missão aqui na Terra foi cumprida pois, como já dizia o escritor:

"Tenho duas armas para lutar contra o desespero e a tristeza, até a morte:
o riso a cavalo e o galope do sonho.

É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver."


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