Jorge Amado (10/08/1912 a 06/08/2001)
E hoje seria uma data bastante especial para um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, o baiano Jorge Amado. Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, o autor iniciou sua vida na literatura muito cedo, ainda quando fazia o colegial no Ginásio Ipiranga, sendo um dos responsáveis pela criação da Academia dos Rebeldes. Jorge teve uma infância muito simples junto a uma família de fazendeiros de cacau, e buscou inspiração em suas obras a partir de seus sentimentos. Com dizia o próprio: "Não escrevi meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia.".
Durante toda sua carreira, buscou retratar temas raízes de sua terra e que expressassem os problemas e as injustiças sociais, a cultura, as tradições e as crenças do povo brasileiro, além de mostrar tudo isso com bastante sensualidade e calor. Seu primeiro livro, O País do Carnaval, foi publicado em 1931, mostrando que o seu talento para o romance já aflorou bem cedo. Neste mesmo ano, Jorge Amado publicou um dos livros que seria um dos mais importantes da época que se tornou um dos seus mais repeitados, Cacau.
O baiano teve intensa participação política e militar na época, tornando-se exilado, entre 1941-42, na Argentina e no Uruguai.
Um tempo depois de sua volta e de sua entrada na Assembleia Nacional Constituinte, a autor radicalizou seu estilo literário e suas obras, que até então tratavam de temas sociais, inovando o estilo e relatando o coronelismo e fatos tradicionais e sensuais do cotidiano, fato que se tornou evidente no seu sucesso, Gabriela Cravo e Canela.
A partir de 1955, após voltar de Praga, onde estivera morando exilado por conta das intensas perseguições que seu partido ilegal, o PCB, estava sofrendo, Jorge Amado se dedicou inteiramente à literatura, sendo eleito para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e, consequentemente, se eternizando.
Morreu, coincidentemente, no dia que completaria 89 anos, em 6 de Agosto de 2001.
O autor deixou um vasto legado literário, tornando-se um dos mais significativos modernistas na ficção brasileira. Jorge é superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho, mas não existe, ainda, autor que se compare, em questão de romance ficção, com o baiano.
Suas obras renderam o título de autor mais adaptado do cinema, televisão e teatro. Seus livros foram traduzidos para mais de 49 idiomas e foram editados em braille e em audiobooks.
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