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sábado, 18 de outubro de 2014

[DIA DE FILME] Maze Runner - Correr ou Morrer

Maze Runner - Correr ou Morrer (2014)



Gênero: Ação/Suspense
Data de lançamento: 11 de Setembro de 2014 (México)
Tempo: 113 minutos
Direção: Wes Ball
Escrito por: Noah Oppenheim, Grant Pierce Myers
Estrelado por: Dylan O'Bryan, Kaya Scodelario, Will Poulter






Maze Runner - Correr ou Morrer é o filme de ação e mistério baseado na obra homônima escrita por James Dashner e que logo tornou-se uma das obras juvenis mais aclamadas da atualidade, principalmente após a adaptação para as telonas. o filme teve uma média para boa recepção por parte dos críticos e uma boa recepção por parte dos telespectadores e fãs, que julgaram o filme bem fiel (apesar de ser adaptado) e com o clima bem similar se comparado ao livro.
Antes de ser produzido por Hollywood e mesmo antes dos boatos, conversei com um amigo sobre a saga Maze Runner, que era, até então, desconhecida para mim. Ele super elogiou a série e disse que foi o melhor livro que já leu. Sem spoilers, meu amigo passou um breve comentário sobre o objetivo da trama e como ela se torna algo extremamente grandioso e, deste jeito, minha atenção acabou sendo presa. Um tempo depois, o trailer foi divulgado e, como sempre julgo um filme por seu trailer (como em O Homem de Aço), minha expectativas se elevaram às estrelas e aguardei ansiosamente pela estreia de Maze Runner em 2014. Posso dizer que todas minhas expectativas foram bem recompensadas e que o filme me prendeu do começo ao fim.
Com um enredo original, criativo e sem apelações; com drama na medida certa e com momentos intensos, o filme, praticamente, só acertou. Devemos levar em consideração a atuação dos protagonistas (sim, protagonistaS) que, apesar de alguns serem, praticamente, marinheiros de primeira viagem, se sobressaem diante de tantos aspectos positivos do longa. Sendo bem pessoal, dou destaque ao ator Thomas Brodie-Sangster (o Jojen de Game of Thrones), que interpretou o extremamente humano, Newt, um rapazinho diferente, com uma personalidade amigável e singular, além de ter um estilo próprio e diferenciado, responsável por quase a totalidade da filosofia e dos diálogos profundos do filme e que busca despertar o lado mais decidido e corajoso de seu companheiro Thomas.
A vida de Thomas mudou completamente quando ele, sem nenhuma explicação, acordou dentro de uma cova, cercado por jovens desconhecidos. Assustado com tal situação e desesperado por não haver motivos para aquilo, o rapaz decide fugir daqueles desconhecidos até que percebe que ali, naquele lugar misterioso, não existe fuga e nenhum lugar para onde possa correr. O mais estranho é que ele não faz a mínima ideia de como foi parar ali; não faz a mínima ideia nem de qual é o seu real nome então, sem rumo, decide aceitar o fato de que ele está preso em um local estranho, juntamente com vários outros garotos tão jovens quanto ele.



Alby, que aparentava ser o mais velho e o líder daquela "comunidade", logo notou o desconcerto que Thomas passava e a crise que o jovem sofria por estar em um ambiente sem nenhuma explicação, então se aproximou do novato e decidiu explicar tudo o que sabia sobre o evento e como tudo funcionava naquela comunidade. Alby sabia que, de mês em mês, um rapaz novo chegava ao grupo em uma cova e, juntamente a ele, uma nova provisão de suprimentos de sobrevivência. Ali, todos tinham funções específicas para armar moradias, caçar, cozinhar e lutar por recursos contra uma natureza hostil. Além dessas funções, alguns deles foram designados para a tarefa mais importante e, consequentemente, a mais perigosa: investigar o que existia dentro do labirinto que os cercava e, posteriormente, identificar alguma possível saída.
Thomas acabou descobrindo que todos passaram pela mesma crise de identidade que ele e, aos poucos, foram recuperando sua consciência e alguns fragmentos de lembranças, mas nada concreto. Se já não bastasse o problema de sua mente, o jovem logo começou a ficar intrigado com o labirinto que os circundava e com o conformismo e com a zona de conforto na qual viviam parte dos habitantes daquela comunidade então, em um impulso de coragem (e de loucura), decidiu querer fazer parte do grupo dos corredores (os que mapeavam o labirinto) e, assim, iria se sacrificar para procurar uma saída e livrar todos de um destino confinado e incerto.



Como se já não bastasse o desespero do confinamento vivenciado por todos os garotos, tudo mudaria radicalmente depois da aparição de uma garota que traz consigo um segredo que alterará o destino dos jovens, principalmente o de Thomas, que é peça chave para algo muito maior que está sendo escondido à 7 chaves de cada um preso naquele ambiente.
O filme baseado na obra de James Dashner traz um ritmo excelente e, apesar de parecer confuso em muitas horas, tem quase tudo explicado ao fim do longa (não tudo, já que terá uma sequência e mais coisas terão suas devidas explicações). Falando do final do filme, sem spoilers, Maze Runner conta com um final excelente e chocante, principalmente para quem não leu aos livros. O término é outro dos pontos fortes e, já adiantando, não é nem um pouco clichê.

Por serem muitos personagens, o propósito não é se identificar com algum, não é o carisma deles, mas sim sensibilizar-se com a situação desesperadora em que eles vivem e que tem de enfrentar, principalmente no que diz respeito às ameaças e perigos que o labirinto traz, já que parece ter sido construído para evitar, à todo custo, que qualquer pessoa possa escapar do local com vida. Os momentos no labirinto são muito bons e recheados de tensão. Os efeitos especiais são de excelente qualidade e parecem cada vez mais reais. Como diz meu pai: é incrível o potencial de Hollywood e o que a indústria do cinema é capaz de fazer.
A obra, por conter traços juvenis e de adaptação (como Jogos Vorazes e Divergente), traz um leve caráter filosófico e pouquíssima profundidade no que diz respeito ao contexto. Apesar disso, Maze Runner tem um forte caráter distópico e social, como é mostrado no final do filme e na pequena civilização construída pelos "prisioneiros" do labirinto, com as hierarquias, funções e com os conceitos de adaptação, união e de sobrevivência.
Acredito que é um filme que vale à pena ser visto com carinho e com uma mente aberta, pois realmente prende a atenção. É bem mais complexo do que aparenta ser e, por mais não tenha um nível de profundidade ou exija um raciocínio e uma atenção tão elevados, pode sim agregar muito à mente, à vida e à lembrança dos telespectadores.




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