Gênero: Animação/Aventura
Data de lançamento: 21 de Junho de 2014 (Japão)
Tempo: 93 minutos
Direção: Keiichi Sato
Escrito por: Tomohiro Suzuki
Estrelado por: Ayaka Sasaki, Kaito Ishikawa, Kenji Akabane, Kensho Ono, Nobuhiko Okamoto, Kenji Nojima
Acredito que não preciso explicar o que são ou o que foi a história dos cavaleiros de Atena para vocês. O resumo de uma infância e de uma geração não são capazes de explicar o quão nostálgico é falar sobre este grande marco. Acredito que me alongaria demais se tivesse que explicar o contexto e as origens dos poderosos cavaleiros estelares, então irei focar apenas no filme e, uma vez ou outra, terei que fazer menção à animação tão conhecida por todos. Enfim, voltando à Lenda do Santuário.
Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário é o sexto longa sobre histórias paralelas dos cavaleiros. Diferentemente dos anteriores, este lançado em 2014 trata de uma REINVENÇÃO da história principal, uma nova rota que foi traçada para dar uma maior variedade ao estilo e às ramificações que possam existir sobre o anime. Celebrando a carreira de 40 do autor dos cavaleiros, Masami Kurumada, o longa foi extremamente aguardado pelos fãs e, com certeza, é uma das referências a maior animação japonesa já produzida (competindo com Dragon Ball). Foi distribuído em Setembro de 2014 em todo o país pela Diamond Films.
A Lenda do Santuário foi fortemente criticado por fãs mais antigos da série e pela própria academia, já que, de acordo com eles, transformou os cavaleiros em algo moderno demais e acabou tirando a essência dos antigos, além de dar novos rumos à história do Santuário e dos Cavaleiros de Bronze. Enfim, achei muito infeliz as críticas duras sobre esse filme, mas darei minha opinião ao final.
De tempos em tempos, um grupo de jovens, conhecidos como os Cavaleiros de Atena, surgem para proteger a Terra e conservar a paz entre os mundos. Sempre diante das ameaças, os cavaleiros usam apenas seus punhos, juntamente à sua força do cosmo e de seu signo protetor, para defender a Terra de todo o mal e do caos constante. Atena, a deusa protetora da Terra, é defendida por seus cavaleiros e, juntamente a eles, auxilia na manutenção do equilíbrio e na disseminação do bem e da harmonia no planeta.
Há um tempo atrás, uma intensa batalha entre os Cavaleiros de Ouro foi travada. Aioros, Cavaleiro de Sagitário, carregava um bebê em seus braços, já sabendo do futuro que o aguardava. Decidido em protegê-lo após descobrir a traição do Grande Mestre do Santuário, que deseja eliminar a vida da criança a todo custo, já que ela carregava o cosmo da Deusa Atena, o valente guerreiro enfrenta seus próprios companheiros, controlados pelo Mestre do Santuário e que buscam realizar o serviço sujo por ele. Assim, o cavaleiro é derrotado e o vilão acredita que o bebê foi, finalmente, morto.
Um tempo depois, Mitsumasa Kido, um explorador e dono de uma das maiores empresas do Japão acaba descobrindo, em uma runa, uma misteriosa força. Surpreendentemente, tratava do cosmo do Cavaleiro de Sagitário (ou o que restava dele), que guardava, em seus braços, uma criança ainda viva. Deste modo, Mitsumasa deu consolo e adotou a criança, dando o nome de Saori Kido. Durante os anos seguintes, Saori foi descobrindo um poder guardado em sua alma, que se revelaria extremamente poderoso e importante para o equilíbrio humano.
Paralelo à isso, o Grande Mestre do Santuário, já acreditando que tem o total domínio da Terra e que nada mais irá ameaçá-lo, acaba descobrindo que Saori está viva, a bebê que Aioros carregava e que o espírito de Atena já se manifestava na garota. Deste modo, o Grande Mestre acabará controlando a mente de seus Cavaleiros de Ouro e fará com que eles usem toda sua força para destruir Atena e evitar que ela possa retirá-lo do domínio do Santuário.
Diante da ameaça que está colocando em risco a vida de Saori, surgem os Cavaleiros de Bronze que, após anos de treinamento e de provas rigorosas, tiveram suas armaduras merecidamente reconhecidas e, após isso, devem voltar para se unir e defender Atena de todo o mal. Seiya (Pégaso), Shiryu (Dragão), Hyoga (Cisne) e Shun (Andrômeda) devem ajudar Saori a retomar seu lugar como Atena, a defensora da Terra e, assim, têm que ir ao Santuário deter o maligno Grande Mestre, passando pelas 12 casas dos Cavaleiros de Ouro e tendo que testar, a todo instante, sua força e o cosmo que vibra dentro de seus corações.
Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário busca recontar, de forma sucinta e bastante empurrada, a saga do Santuário tão conhecida e aclamada no anime. Após Saori ser atingida por uma flecha venenosa, controlada pelo Grande Mestre, os Cavaleiros de Bronze lutam contra o tempo para chegar ao final do Santuário e deter as más intenções do vilão, para poder salvar a vida da verdadeira Atena e devolvê-la ao seu lugar.
O filme reinventa basicamente tudo. As armaduras estão com um design mais polido e mais bem detalhadas, sem perder a essência de seus signos, do desenho original e de suas principais funções de proteção. Os poderes dos cavaleiros estão sensacionais, principalmente os dos Cavaleiros de Ouro. As batalhas realmente são memoráveis e são bem frequentes, tornando o filme intenso e recheado de ação, sem ser entediante.
Infelizmente, o filme pecou muito na mudança e na busca pela inovação, a fim de modernizar o mito do zodíaco. Máscara da Morte, o Cavaleiro de Câncer, por exemplo, é conhecido por sua crueldade e pela sua seriedade, mas virou um artista de circo e ficou muito ridículo ao fazer piada de tudo e cantar (isso mesmo, ele aparece CANTANDO!!). A maioria da história foca em Seiya e Saori, principalmente na primeira metade do filme, e a personalidade de Seiya está bastante babaca. Ele é muito exagerado, faz trocadilho com tudo e, junto ao Máscara da Morte, é responsável por toda a tosquice do filme. Conhecemos pouquíssimos da vida e do passado dos outros personagens e, realmente, as batalhas e o visual acaba sendo o mais interessante de A Lenda do Santuário, que quis juntar vários capítulos do anime em apenas 1 hora e 30 minutos, o que acabou empurrando vários acontecimentos e passando por cima de milhares, como a parte de Afrodite de Peixes (que deve aparecer em, no máximo, 1 minuto de filme).
Fora isso, A Lenda do Santuário é sim um filme bom para os fãs de época, para os novos e para quem nem sequer conhecia sobre. Ikki de Fênix, apesar de aparecer pouco, ainda mantém a personalidade badass e suas aparições são sempre épicas. Cada Cavaleiro de Ouro é mais incrível que o outro (menos "o" de Escorpião. Assistam o filme e entenderão) e suas batalhas dispensam comentários. Outro ponto fortíssimo é a dublagem, que manteve os mesmos brasileiros que dublaram o anime em nossas terras.
Enfim, apesar das críticas, é um excelente filme e ainda é original. Com uma nova visão sobre a história dos cavaleiros e uma reinvenção sobre muitos fatos e personagens que apareceram (principalmente Máscara da Morte e Milo), traz novas perspectivas e um novo conceito para seu universo. Realmente foi um filme empurrado demais e que muitas coisas aconteciam num piscar de olhos, mas me agradou e não acredito que isso foi capaz de tirar sua beleza.
Quanto aos que criticaram, prefiro acreditar que são um pouco acomodados e incapazes de aceitar o avanço das coisas. A inovação e a mudança são sempre necessárias e a transformação das coisas e de seus pontos de vistas fazem parte de um essencial ciclo natural. Alguns se decepcionaram, outros se maravilharam (como eu) e, mesmo assim, não deixaram de lembrar do que viveram em sua infância e daqueles cavaleiros que permaneceram.
O Shun nesse deve ter ficado show em ? Com esse gráfico a armadura rosa ele fez bastante sucesso!
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